Às vésperas de iniciar pente fino na revisão no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo já suspendeu ou encerrou o pagamento de 57.700 benefícios. Destes, 37.325 foram cessados definitivamente, enquanto 20.375 foram suspensos e poderão ser retomados caso não sejam encontradas irregularidades.
Até o momento, mesmo antes do pente fino, as ações de acompanhamento e monitoramento contínuo do órgão resultaram em um impacto significativo de R$ 750,85 milhões. Esse montante refere-se a pagamentos indevidos que levaram ao bloqueio de crédito, suspensão ou cessação de benefícios.
A revisão ampliada do INSS está programada para começar em agosto e será essencial na preparação do orçamento para o próximo ano. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, estima que aproximadamente 800 mil pessoas poderão precisar realizar uma nova perícia para confirmar a necessidade de receber os benefícios durante todo o processo de revisão.
Força-tarefa e detecção de irregularidades
O governo destaca que a força-tarefa envolvendo vários ministérios tem sido eficaz, inclusive desmantelando quadrilhas. No INSS, indivíduos com irregularidades detectadas estão sendo convocados para comprovar a necessidade de seus benefícios.
O tema foi discutido com o presidente Lula em uma reunião realizada no dia 18 de julho, que contou com a presença do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e dos ministros da Previdência, da Fazenda e da Casa Civil. Lula enfatizou a importância de garantir os benefícios ao discutir cortes no orçamento de 2025.
Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu a possibilidade de o governo editar uma medida provisória para autorizar a revisão dos benefícios sociais. Haddad afirmou nas últimas semanas que o governo calcula uma economia de pelo menos R$ 25,9 bilhões para 2025 com a revisão de benefícios como auxílio-doença, aposentadorias por invalidez e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Relatório de receitas e despesas
O Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, a ser apresentado nesta segunda-feira (22) pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, trará detalhes sobre o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões do orçamento deste ano. Essas medidas visam o cumprimento do arcabouço fiscal estabelecido pelo governo.
Fonte: Onda Digital
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