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Operação ‘Lideranças’ atinge facção que lavava R$ 3 milhões por mês do tráfico de drogas

Uma organização criminosa que lavava por mês até R$ 3 milhões decorrentes do tráfico de drogas foi alvo, na manhã desta terça-feira, dia 9, em Salvador, da operação ‘Lideranças’, realizada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), com apoio da Polícia Militar. A pedido do MP, foi determinado pela Justiça o bloqueio de bens dos investigados em R$ 6 milhões, que corresponde ao valor até agora identificado em contas correntes de passagem utilizadas para lavagem de capitais.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais de duas pessoas apontadas como integrantes da Orcrim, investigadas por receberem  em dezenas de contas bancárias, entre os anos de 2016 e 2021, pelo menos R$ 1,5 milhão. Nas residências, foram apreendidas células de identidade e de certificados de registro de veículo (CRV) em branco, além de talões de cheque e cartões de crédito.

No último sábado, 6, e ontem, 8, líderes da mesma organização foram alvos de ações em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, com participação de equipes do Gaeco e da Rondesp RMS, e em unidade prisional no município cearense de Itatinga. Foram cumpridos contra eles mandados de prisão preventiva. Os dois já são condenados por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, falsificação de documentos,  homicídio e roubo a banco. Os alvos da ação de hoje, mãe e filha, eram companheira e enteada de um dos líderes da organização e atuavam como operadoras dos negócios ilícitos, que envolviam empresas de fachada de transporte de produtos de vestuário, pelas quais se distribuíam as drogas e era lavado o dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes. Os mandados foram cumpridos nos bairros de Massaranduba e Boa Vista do Lobato, na capital.

Segundo as investigações, a Orcrim é responsável por comandar o tráfico de drogas nas regiões de Santa Luzia e do Complexo de São Caetano, em Salvador, além de disputar com outra facção criminosa o comando do comércio de entorpecentes nos bairros de Boa Vista de São Caetano, Capelinha, Barroquinha, Sussuarana e localidades do Borel, na Boca do Rio, e Locovi. Os mandados foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador.

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