Dois homens suspeitos de liderar facções criminosas que atuam no tráfico de drogas, na Região Metropolitana de Salvador e bairros da capital baiana, foram transferidos na madrugada de terça-feira (11), para o presídio de segurança máxima de Serrinha, a cerca de 185 km de Salvador.
A transferência é a segunda fase da ‘Operação Torre’, deflagrada de forma integrada pelo Ministério Público estadual e Secretarias de Administração e Ressocialização (Seap) e de Segurança Pública da Bahia (SSP).
A segunda fase da operação dá sequência ao desmonte do esquema de comunicação e do plano de expansão da organização criminosa dentro do sistema penitenciário.
Os transferidos estavam presos no Conjunto Penal de Salvador, de onde, segundo as investigações, davam ordens aos membros das facções criminosas que estavam nas ruas para execução de diversos crimes, entre eles homicídios cometidos na capital baiana e região metropolitana, tráfico interestadual de drogas e armas e lavagem de dinheiro e bens.
Segundo a SSP, durante a primeira fase, em buscas realizadas em celas da unidade prisional de Salvador, foi apreendido um celular, que era utilizado por um dos principais líderes do tráfico da RMS para se comunicar com outros internos e comparsas que atuavam do lado de fora da prisão.
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP baiano; com apoio do Grupo de Segurança Institucional (GSI) e do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop) da Seap; do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) do MP, da Polícia Civil, por meio da Coordenação de Recursos Especiais (Core) e da direção do Conjunto Penal Masculino.
De acordo com investigações do Gaeco, a organização criminosa, liderada pelos investigados, possui “claro propósito de estender seu território de atuação dentro dos presídios mediante violência e coação”.
Outros suspeitos transferidos no mês de maio
Quatro presos, apontados como líderes de facções criminosas de Feira de Santana, a 100km de Salvador, foram transferidos, no dia 12 de maio, da penitenciária da cidade para o presídio de segurança máxima de Serrinha.
De acordo com o Ministério Público estadual, eles são responsáveis por dar a ordem para a execução dos homicídios ocorridos na cidade nos últimos meses.
A ação foi resultado da ‘Operação Controle’ deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); pela Secretaria de Segurança Pública (SSP); pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL).
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro de transferência. Nas celas dos suspeitos, foram apreendidos celulares, acessórios de telefone e facas.
O material apreendido foi submetido à conferência e análise pelo Gaeco e Seap e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.
Fonte: Correio
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