Saúde

Maria Marighella destaca a importância do Maio Furta Cor, mês de visibilidade e ações para a promoção da saúde mental materna

Instituído em Salvador pela Lei Municipal nº 9728/2023, de autoria da vereadora licenciada e presidenta da Funarte Maria Marighella, o mês Maio Furta-Cor consta no calendário oficial de eventos do município, dedicado às ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.

Próximo a completar um ano da sua aprovação em 26 de junho de 2023, a normativa estabelece a importância de colocar a pauta da saúde mental materna no âmbito das ações do Poder Executivo Municipal, promovendo a conscientização sobre o tema e incentivando os órgãos da administração pública, em especial os da saúde, as empresas, entidades de classe e sociedade civil organizada para se engajarem nas campanhas sobre o tema da Lei.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de uma em cada cinco mulheres terá um episódio negativo relacionado à saúde mental durante a gravidez ou no ano após o nascimento do bebê, o que aponta a importância do estabelecimento de políticas públicas para as diversas maternidades e para as crianças que também são impactadas.

Maria Marighella destaca a importância de tornar público o crescimento dos casos de depressão, ansiedade e suicídio entre as mães. “Em Salvador, onde uma em cada cinco famílias é chefiada por mães solo, o maior percentual do país, é essencial que esse tema seja colocado na agenda de toda cidade e que possamos implementar políticas que previnam o adoecimento psíquico materno, promovam saúde para as mães e, consequentemente, para as suas crianças. É preciso tratar a maternidade não como uma questão individual, mas como uma dimensão que merece reconhecimento, cuidado e políticas públicas. Os maternismos, como eu chamo os feminismos que insurgem com a maternidade, reivindicam direitos em detrimento das violências obstétricas, dos abandonos, das dificuldades materiais e subjetivas. A lei do Maio Furta-Cor traz o tema para o centro e precisa ser tratada com comprometimento”, defende Maria Marighella.

Para a médica pediatra Silvane Vasconcelos, mãe de três crianças, articuladora do Grupo Materna e do Movimento Maio Furta-Cor em Salvador “é preciso prevenir e produzir saúde para que isso tenha um impacto real nas políticas públicas e na renda, já que, em um estudo recente, de 2022, calcula-se que, no Brasil, o custo da depressão e da ansiedade perinatal é de R$ 26.16 bilhoes associados a uma pior qualidade de vida, perda de produtividade, cuidados hospitalares e suicídio materno”. “É importante falar disso, precisamos de leis e políticas que instituam assistência psicológica perinatal e protocolos de atendimento, pois a política de saúde perinatal de um país é um indicador fiel do seu nível de civilização e, se a gente está caminhando para esse pacto civilizatório, é preciso cuidar de quem cuida”, argumenta.

O Movimento Maio Furta-Cor é uma iniciativa de mulheres mães auto-organizadas, já tendo, em quase quatro anos de campanha, aprovado mais de 90 projetos de lei em mais de 12 países e quatro continentes. Atualmente está sendo debatido na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia por iniciativa da Deputada Neusa Cadore do PT. Com o lema “uma mãe leva, apoia e salva outra mãe”, ocorrerá no domingo, dia 26 de maio, a Marcha Maio Furta-Cor em Salvador, com concentração às 09h no Farol da Barra.

Fonte: Offnews

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