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Após empate, Ceni lamenta vice-campeonato e assume: ‘A responsabilidade é minha’

Após empatar em 1×1 na Arena Fonte Nova, o Bahia terminou o Campeonato Baiano de 2024 como vice-campeão. Mesmo o gol de Everton Ribeiro não foi suficiente para reverter a vantagem do Vitória conquistada no jogo de ida. Na entrevista coletiva, o técnico Rogério Ceni lamentou a perda do título e assumiu a responsabilidade pelo resultado final.

“Eu acho que hoje, com a expulsão, sofremos mais do que o normal, mesmo com muitas oportunidades de gol. Foi até um lance interpretativo, o árbitro deu sequência. E ficar com um a menos durante 70 minutos pesa um pouco em um dia como hoje. O Vitória é uma equipe muito competitiva, tem força de marcação no meio-campo. Nós tivemos boas oportunidades na soma das duas partidas, eles também. Mesmo com um homem a mais eles se postaram defensivamente e apostaram nos contra-ataques e transições para criar”, iniciou Ceni.

“Foram dois jogos bem equilibrados. É uma pena, sei que os torcedores estão tristes, também estamos. Queríamos conquistar esse primeiro título com o Bahia. Vamos bastante chateados para casa. A torcida lotou o estádio e foi nosso combustível. Mas repito, foram dois jogos muito parelhos, e perdemos por detalhes. Tomamos gols no final do outro jogo, nesse tomamos logo no início. Corremos atrás o jogo inteiro, mas eles foram mais felizes nas conclusões a gol somando as duas partidas”, complementou.

Em quatro BaVis disputados em 2024, Rogério Ceni só saiu de campo com o triunfo em apenas uma oportunidade, quando ganhou do rival por 2×1 dentro da Fonte Nova, pela Copa do Nordeste. Com o apoio da torcida e o mando de campo, a expectativa era de que o Esquadrão terminasse o domingo com o trófeu em mãos. No entanto, o gol de Éverton Ribeiro não foi suficiente para conseguir o título. Sobre a derrota, o comandante lamentou o resultado, mas elogiou o elenco e assumiu a responsabilidade pelo resultado do campeonato.

“Eu queria muito ser campeão, a responsabilidade é minha, as escolhas e as mudanças são minhas, então a responsabilidade é toda minha. Dos jogadores, eu só tenho elogios para fazer, convivemos horas por dias, e a forma como eles representaram o clube hoje é muito digna. Mesmo com muita dor no coração de ter perdido esse título importante para o clube”, lamentou.

Na coletiva, Rogério também foi perguntado sobre a desistência em colocar Yago Felipe no jogo. “Na verdade iriam entrar os dois, tanto Yago quanto Ademir. Mas para arriscar um pouco mais ofensivamente, ia entrar o Yago e sair Thaciano, e o Caio [Alexandre] fez sinal de que já estava esgotado. Então eu ia botar os dois lado a lado e iria posicionar o Ademir do outro lado [esquerdo] para ter velocidade e manter o Everton ainda em campo. Como eu achei que o Thaciano aguentaria mais um pouco, eu voltei com o Thaciano para tentar manter o time um pouco mais ofensivo, botando o Ademir, mantendo o Everton Ribeiro e colocando o Thaciano como segundo volante naquele momento. E como o Thaciano suportou até o final do jogo junto com o Jean [Lucas] não houve a necessidade de colocar mais um homem de recomposição”, respondeu.

“Eu recuei na mexida porque achei que o Thaciano estava um pouco cansado para fazer o lado, e achei que não aguentaria até o final de jogo como segundo volante. O Ademir entraria junto com o Yago naquele momento, aí eu pensei em trazer o Thaciano para dentro e apostei em um mudança mais ofensiva. Se o Thaciano cansasse, quem entraria era o Yago no meio-campo, completou”.

Outros pontos citados na coletiva:

Preparação física

“A preparação física é boa. É que no último jogo perdemos muitas posses de bola simples no meio de campo, errando muitos passes. E quando você começa a fazer muitas transições, para jogadores técnicos como o Everton Ribeiro e o Caio Alexandre, eles não têm como características a marcação. Então, nessas perdas, Everton precisa voltar, Cauly precisa voltar, Caio precisa voltar, eles se cansam mais. Hoje, com temperatura mais baixa, não demos tantas transições ao adversário, mesmo com 10 em campo. Cauly esteve um pouco cansado, o que é normal jogando com 10, mas creio que eles suportam bem no dia de hoje”.

Troca de Juba por Biel

“No jogo fora de casa eu tentei dobrar a marcação do Juba com o Rezende tentando evitar que o adversário construísse mais pelo lado direito. O Juba recompõe melhor do que o Biel, tanto que o Juba joga como lateral e o Biel como atacante. Hoje, precisando do resultado, achei que o jogo estava mais para o Biel. Fazer o um contra um, para atacar mais o interior e abrir o espaço para a ultrapassagem de Jean Lucas. Essa é até a situação do gol. Eu achei que para o jogo de hoje o Biel era mais útil, com talento de um contra um, drible e flutuação para chegar ao gol adversário. Lá no Barradão, o Juba foi um jogador mais de lado, de trabalhar mais perto da linha e dobrar a marcação com o Rezende, ele só foi para a lateral quando o Rezende precisou ir para o meio. Só saiu naquele jogo porque ele pediu por conta do cansaço, se não ficaria até o final”.

Fonte: Correio

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