Por cerca de 72 anos, uma idosa passou a vida em situação de trabalho análogo à escravidão. Maria de Moura, 87 anos de idade, trabalhou para uma família no Rio de Janeiro. Ela não recebeu salário e executava o serviço em condições precárias.
O início da atuação como empregada doméstica aconteceu aos 12 anos de idade. Somente com 85, a vítima foi resgatada em 2022. As informações são do programa Fantástico, da TV Globo. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) aceitou uma denúncia contra os ex-patrões de Maria.
Identificadas como Yonne Mattos Maia e André Luiz Mattos Maia Neumann, os ex-patrões são mãe e filho. Eles se tornaram réus pela acusação de trabalho análogo à escravidão. A situação foi apurada inicialmente por meio de uma denúncia anônima.
Essa é a situação mais “longeva” registrada no país, conforme relatado pela promotora Juliane Mombelli, do Ministério Público do Trabalho (MPT). “Não havia um lençol, uma coberta, um travesseiro. Era um sofá, onde ela passava as noites aos pés da empregadora”, detalhou.
Entre as precariedades estão o fato dos ex-patrões controlarem o contato de Maria com a família, o celular dela, além do cartão do INSS, que estava em posse de André. Além disso, a vítima não possuía plano de saúde e perdeu parcialmente a visão.
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