Brasil

Condenada pela morte dos pais, Suzane von Richthofen dá à luz o primeiro filho em São Paulo.

A família paterna não quer que a criança carregue na certidão de nascimento o sobrenome da mãe

Condenada pelo duplo homicídio dos próprios pais, Suzane Von Richtofen deu à luz o primeiro filho na madrugada desta sexta-feira. O parto aconteceu na maternidade do Hospital Albert Sabin, em Atibaia, interior de São Paulo, onde trabalha o atual marido de Suzane, o médico Felipe Zecchini Muniz.

O bebê, Felipe, ganhou o nome do pai. A família paterna, porém, não quer que a criança carregue na certidão de nascimento o sobrenome Richthofen, de modo a não associá-lo ao crime cometido pela mãe. Suzane cumpre sentença de 39 anos de prisão, atualmente em regime aberto.

Antes de a gestante dar entrada no quarto 117 do hospital, a direção da casa de saúde passou instruções para nenhum funcionário fotografar Suzane, muito menos conversar com a paciente sobre qualquer assunto que não fosse ligado ao parto, uma cesariana feita na madrugada desta sexta. “Quem descumprir essa ordem será mandado embora”, conta uma enfermeira que, por razões óbvias, não quis se identificar.

Para não ser vista nem fotografada, Suzane, hoje com 40 anos, deu entrada na maternidade na madrugada e pelos fundos. Ela chegou aos corredores pelo ambulatório e seguiu diretamente para a enfermaria, sendo levada na sequência à sala de parto. Depois dos procedimentos, foi acomodada em um quarto no primeiro andar. O parto foi feito pela obstetra Taís Albrecht de Freitas, que também realizou o pré-natal da paciente. A médica foi acompanhada na cesariana pelo pai da criança, além de outros profissionais de plantão no Albert Sabin.

Dois dias antes de ser internada para dar à luz, Suzane foi vista fazendo compras em um supermercado de Bragança Paulista, cidade onde mora com Felipe. Ela passeou acompanhada de um adolescente pela seção de congelados e carnes, e tomou café numa padaria.

Suzane fala em ser mãe desde 2014, quando foi submetida ao exame criminológico dentro do presídio de Tremembé. Ela disse a uma psicóloga forense que tinha receio de ganhar a liberdade depois dos 40 porque, segundo ela, seria mais difícil engravidar. Em 2021, Suzane passou no vestibular e cursou biomedicina na Universidade Anhanguera, em Taubaté. Nessa época, ela apresentou um trabalho acadêmico sobre maternidade intitulado “os desafios da gestação tardia e a importância das tecnologias reprodutivas”.

Por coincidência, o filho de Suzane nasceu no mesmo dia do aniversário do seu ex-namorado, Daniel Cravinhos, que completou 43 anos na sexta-feira. Ele também cumpre pena no regime aberto por ter matado Manfred von Richthofen, pai de Suzane. Casado desde o ano passado com a influencer Andressa Rodrigues, Daniel disse em entrevista no ano passado que decidiu nunca ter filhos para não ter que passar pelo constrangimento de um dia ter de explicar a uma criança o crime que o pai cometeu

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