A médica bolsonarista e candidata ao Senado Federal em 2022, Raíssa Soares, voltou a criticar o que define como uma gestão centralizadora do ex-ministro do Cidadania, João Roma, na condução do PL Bahia.
A médica, que é vice-presidente do PL Bahia, criticou o fato de não conseguir ter uma agenda com Roma.
“Fui percebendo que era excluída de agendas (na campanha de 2022). Era minha primeira campanha, eu tolerei, só queria conseguir votos para o presidente Bolsonaro. Depois da eleição nunca mais nos sentamos para ter uma conversa. Roma faz o trabalho executivo, não tem interação, não tem conversa. Ele toma as decisões do PL Bahia, quando tentei conversar com ele sobre Vitória da Conquista não tive retorno. Ele é o homem de Bolsonaro no PL, e ele é o grupo dele, o grupo que apoiou Roberta Roma, Vítor Azevedo, que está apoiando Leandro de Jesus, está sendo beneficiado com cargos (no partido). Esse grupo mais próximo de Raíssa, que envolve Alden, Diego Castro, essas pessoas o tempo inteiro são excluídas, basta ver as fotos que fazem. É como se fosse dois grupos… (…) Geraldo, meu marido, foi excluído de vários eventos, várias fotos. (…) Todo mundo na direita quer ser estrela e acha que brilha mais que o outro”, apontou Raíssa ao Podcast Liga da Política.
Raíssa criticou a decisão da sigla de permitir aliança de deputados eleitos com votos dos bolsonaristas com o governo do Partido dos Trabalhadores. Roma definiu que cada deputado deverá responder por seu ato. Dois deputados foram para base do governo: Vitor Azevedo e Raimundinho da JR.
“Quando tem um líder que não coloca diretriz, como ACM que era um coronelzão, que não aceitava e ia para cima. Era extremista mais tinha pulsos firmes tudo para Bahia, eu olha que eu não concordo com essa política”, pontuou Raíssa.
“Como a política passou a ser elástica e permissiva, então cada parlamentar ‘responde por seu ato’… (eles dizem) ‘ah tá, vou ficar na base governo porque vou receber mais R$ 100 mil de verba, então dane-se os bolsonaristas e quem tá na direita por princípios, esses princípios para mim não são tão valorosos, quero fazer minha política, dar dinheiro para assistência social e quero continuar na base do governo’. O eleitor não entende, elegi fulano de tal que dizia que era bolsonarista e agora tá na base do governo… Diego Castro, que é legitima Oposição, não se vende para nenhum voto. Ele me contou os bastidores, recursos são oferecidos para votar. É dinheiro real, não é suborno ou mala, é dinheiro legitimo, mas que se votar direciona e se não votar não direciona, e Diego tem menos verba”, apontou Raíssa citando relação de contrapartidas na ALBA.
Ela apontou que diante da centralização de Roma, optou: “fico de bastidor, não quero mais ser desrespeitada, não é ciúme ou inveja, é que não quero mais ser desrespeitada”.
A médica lamentou que seu movimento de formação e preparação de quadros políticos de direita não esteja avançado pela centralização dos atos no PL Bahia.
“A conformação de prefeitos no PL, hoje, eu não participo. No extremo sul fizemos dois encontro. As pessoas quando sabem que o dinheiro e a decisão vão estar na mão de Roma, (dizem) não adianta ficar perto Raíssa, que não tem vez, voz; a minha opinião e participação não interessa neste grupo de Roma. Vários nomes estão saindo do PL porque não estão sendo reconhecidos no PL como legítimos bolsonaristas. Esse grupo (de Roma) não reconhece quem foi para os QGS (em referência ao pleito de 2022)”, pontuou Raíssa.
A candidato ao Senado apontou que espera seguir realizando atos para preparar novos quadros: “Fazer Congressos Conservadores para incentivar às pessoas para serem de direita. E arrematou em outro momento: “se meu marido não é responsável, essa pessoa sai do meu convívio”.
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