O vice-prefeito de Cruz das Almas, André Eloy, expressou profundo pesar pela perda de empregos nos armazéns de fumo da cidade. Durante uma recente mobilização em defesa da cadeia produtiva do tabaco, Eloy destacou os desafios enfrentados pela região nas últimas duas décadas.
Ele relembrou que, junto com a saudosa Zenita Salomão, lutou contra a assinatura do tratado da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. No entanto, o país acabou se tornando signatário no início dos anos 2000, e Cruz das Almas sofreu significativas perdas na geração de empregos e renda desde então.
Durante o evento, também foi lançado o grupo de trabalho do Poder Legislativo dos municípios integrantes da AMPROTABACO, e Cruz das Almas tem representação nesse grupo, com os vereadores Camila Moura e Thiago Chagas.
O evento ocorreu na sede da Confederação Nacional dos Municípios, em Brasília, e contou com a presença maciça de líderes políticos do sul do país.
Desde 2003, a Bahia perdeu cerca de 14.000 postos de trabalho na indústria do tabaco, que foram transferidos para a Indonésia, principalmente devido ao custo Brasil e à elevada carga tributária dos encargos sociais.
Hoje, a Bahia produz apenas 3.500 hectares de fumo em campo. Uma possível solução para a recuperação da indústria do tabaco na região seria uma tributação justa para os produtos fumígenos e a assinatura de um acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia.
Este cenário destaca a importância de apoiar as indústrias locais e encontrar soluções que possam revitalizar a economia de Cruz das Almas e de toda a região.
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