Com o governo do estado indicando progressão nos trabalhos para a privatização da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), os funcionários da estatal têm relatado um tratamento “ostensivo” da empresa contratada para realizar os estudos de viabilidade de desestatização da Bahiagás. Em maio, a gestão estadual, por meio da BahiaInveste, contratou o consórcio Genial-Bahiagás, formado pela Bahiagás e pelo Banco Genial, para realizar a avaliação da Companhia de Gás.
Ao Bahia Notícias, trabalhadores da Bahiagás relataram que a Genial tem realizado entrevistas, realizando questionamentos, inclusive, sobre a vida pessoal dos funcionários.
Um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da indústria química, petroquímica, plástica, farmacêutica do Estado (Sindiquimica), sob condição de anonimato, afirmou que a Genial tem se comportado como um grupo de “compradores”, quando, na verdade, a consultoria foi contratada para realizar os estudos para a privatização.
“O grupo tem solicitado todo tipo de informação. Desde como as atividades são executadas, o que cada trabalhador. Dados do negócio, dados de atividade, números de atestados médicos. Estão indo até questões pessoais, vendo quais trabalhadores de cada unidade colocaram ou não atestado. No nosso entendimento, eles não estão agindo como alguém que está fazendo um estudo, mas alguém que está agindo como os compradores. Eles foram contratados para elaborar um estudo preparatório para a venda”, disse o dirigente.
Segundo o sindicalista, as abordagens foram iniciadas logo após a contratação da Genial, mas ele relata que as “entrevistas” têm sido intensificadas nas últimas semanas, ficando cada vez mais “ostensivas”. Ele afirmou que, por isso, os trabalhadores começaram uma mobilização contra a consultoria e a privatização da Bahiagás.
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