A 28ª edição do Seleão foi marcada por uma intensa competição de paredões na rua principal do bairro da Coplan. Essa festa tradicional junina vem sendo influenciada, ao longo dos anos, por um elemento que divide opiniões.
O paredão de som tem se tornado mais do que um simples aparelho para tocar os sucessos das estrelas da música. Ele se tornou, por si só, uma estrela. E foi exatamente isso que aconteceu no Seleão ontem.
Em todo o estado, esse tipo de evento é considerado clandestino, pois foi proibido pelo ex-governador Rui Costa. Quando o volume de som ultrapassa 55 decibéis durante o dia ou 50 decibéis à noite, em áreas residenciais, o responsável pode ser penalizado por crime ambiental de poluição sonora, sujeito a multa e apreensão do equipamento sonoro.
Em 2016, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) também publicou a resolução 624, conhecida como “lei do som automotivo”, que proíbe o uso em veículos de qualquer tipo de equipamento que produza som audível do lado externo, independentemente do volume ou frequência, desde que perturbe o sossego público.
Um conhecido rifeiro da região levou seu paredão para uma apresentação no Seleão ontem. No entanto, uma disputa de decibéis entre os proprietários dos paredões resultou em um desentendimento que fez o rafeiro sair reclamando da festa.
Infelizmente, tudo isso aconteceu simultaneamente ao tradicional cortejo do Seleão, o que levou a uma diminuição do número de pessoas que acompanhavam o casamento na roça.
Centenas de pessoas aproveitaram a competição dos paredões ao som de músicas do ritmo proibidão. Pelo menos 5 carros com som automotivo foram visto no local da apresentação.
Até o fechamento desta matéria, a Polícia Militar não emitiu nota sobre o evento do Seleão.
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