Cruz das Almas

PM encerra festa da Alvorada com spray de pimenta em Cruz das Almas

Uma tradição junina de décadas tem tido como principal atração a atuação da Polícia Militar da Bahia. Cruz das Almas celebra a chegada do mês junino com muita festa – a celebração cultural leva o nome de Alvorada – fogos de artifício, carros de som de tração animal e blocos juninos são os traços culturais do 1º de junho nas ruas Rio Branco – Estrada de Ferro e Rua Rui Barbosa – Rua da Estação.

A partir da década de 2000, a festa ganhou um palco, som, luz e atrações musicais na Rua Rio Branco. A Rua da Estação ficou com a queima de fogos de artifício, inclusive, as espadas de fogo.

A partir de 2011, quando as espadas de fogo foram proibidas pela justiça baiana através de um inquérito de autoria do Ministério Público, a polícia militar passou a exercer um papel ostensivo na festa para combater a queima de espadas de fogo.

A festa junina é o carnaval do povo do Recôncavo Baiano. As pessoas esperam o ano inteiro para chegar esse dia e celebrar nas ruas da cidade a chegada do São João. Quer dizer, não só espadeiros vão às ruas celebrar. Embora proibida a prática de fabricar, comercializar e queimar espadas, ainda é vista na cidade.

A partir do ano passado, a tolerância da Polícia Militar da Bahia com esses foliões tem sido mínima. Rondas ostensivas são realizadas nas ruas que festejam o 1º de junho, e o uso de spray de pimenta tem sido utilizado para afugentar quem queima as espadas de fogo. No entanto, a maioria das pessoas que estão nas ruas e são atingidas pelo efeito moral expelido pelas bombas dos PMs, que deveriam fazer a segurança da população, não tem nada a ver com a prática proibida de soltar espadas.

Nesta noite (31/01), grupos foram dispersados à força nas ruas da cidade de Cruz das Almas, no interior da Bahia. Vídeos e fotos que circulam nos grupos de WhatsApp da região mostram pessoas passando mal com o efeito do spray de pimenta usado pela polícia para encerrar a festa.

Até o fechamento desta matéria o poder público municipal não se pronunciou sobre o assunto.

Foto: Juninho Rodrigues

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