Pesquisa Ipec divulgada neste domingo (19) pelo jornal O Globo aponta que 41% dos brasileiros classificam a administração de Lula como boa ou ótima. Para 24%, ela é ruim ou péssima. Já 30% consideram o início do governo regular.
Com isso, o início do terceiro mandato de Lula tem avaliação maior que o do ex-presidente Jair Bolsonaro — cujo índice de brasileiros que avaliavam o governo como bom ou ótimo foi de 34% em março de 2019.
A avaliação de Lula em 2023 também é mais positiva que a de Dilma Rousseff no início do seu segundo mandato, em 2015 (12%). Mas está abaixo do primeiro mandato de Dilma (56%) e também dos seus dois governos anteriores, em 2003 e em 2007 — 51% e 49%, respectivamente.
A pesquisa divulgada neste domingo foi realizada entre os dias 2 e 6 de março de 2023, com 2 mil pessoas de 128 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Votos nas eleições de 2022
Parte das pessoas que compõem o grupo que classifica a administração de Lula como “regular” declara ter votado em Bolsonaro no segundo turno de 2022.
Entre quem diz ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro, 36% avaliam agora a gestão do petista como regular. Já 54% a reprovam.
Entre os que falam que votaram em Lula nas últimas eleições, 77% avaliam o governo como bom ou ótimo, e 22% o classificam como regular.
Avaliação por região e religião
Segundo a pesquisa, o Nordeste é a região em que o Lula tem o seu maior percentual de avaliação: 53% de ótimo ou bom.
A maior rejeição está no Centro-Oeste e no Norte: 31% reprovam a atual administração.
No Sudeste, a região mais populosa do país, 36% aprovam e 26% reprovam o atual governo.
Já no recorte por religião, os evangélicos têm números piores em relação à média nacional: 31% avaliam a gestão petista como boa ou ótima, 32% a veem como regular e 32% a classificam como ruim ou péssima.
Entre os católicos, 45% aprovam o governo e 21% desaprovam
Atos golpistas
O Ipec também perguntou aos entrevistados sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Para 51% dos brasileiros, o ex-presidente Jair Bolsonaro não é culpado pela destruição causada por parte de seus apoiadores.
22% dizem que Bolsonaro deve ser julgado e perder o direito de disputar as próximas eleições. Já 19% defendem que o ex-presidente seja preso pelos ataques promovidos por seus apoiadores.
Conteúdo G1
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