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Depois do quinto caso, infectologistas estão otimistas e acreditam que o mundo está mais perto da cura do HIV em larga escala

Um estudo publicado nesta semana na revista Nature Medicine relata um novo caso de cura do HIV por transplante de células-tronco. Trata-se da quinta pessoa no mundo que deixou de apresentar sinais do vírus por um longo período.

De acordo com o consórcio internacional IciStem, o paciente é um homem de 53 anos que passou por um transplante de células-tronco em 2013, como parte do tratamento para leucemia. Após o procedimento, no qual recebeu material de um doador com uma mutação no gene CCR5 que impede a entrada do HIV nas células, ele conseguiu interromper o tratamento que fazia contra o HIV.

Nas análises que fizeram, os pesquisadores não encontraram vestígio de partículas virais, reservas virais ou resposta imune contra o vírus no corpo do “paciente de Düsseldorf” (oeste da Alemanha).

“Durante um transplante de medula óssea, as células do sistema imune do paciente são integralmente substituídas por células do doador, o que permite eliminar a grande maioria das células infectadas”, explicou o virologista Asier Sáez-Cirion, um dos autores do estudo, em comunicado.

“Trata-se de uma situação excepcional quando todos esses fatores coincidem para que esse transplante seja um duplo sucesso, tanto para a cura da leucemia quanto do HIV”, acrescentou.

Como menos de 1% da população normalmente se beneficia da mutação genética protetora do HIV, ela está em poucos doadores de células-tronco e o transplante não é uma opção para a cura em larga escala.

Antes do caso do “paciente de Düsseldorf”, outras quatro pessoas com HIV foram curadas, todas em procedimentos envolvendo o transplante de células-tronco de doadores com a mutação no CCR5.

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