Hilton Coelho, aliado do PT, diz que indicação de esposa de Rui Costa ao TCM é espetáculo da velha política e cita pressão do ex-governador

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) lamentou a candidatura da ex-primeira-dama e esposa do ministro Rui Costa, Aline Peixoto, para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Em sessão plenária desta terça (14/02), na tribuna da Assembléia Legislativa da Bahia, o parlamentar disse que “estamos às vésperas, possivelmente, de ver um espetáculo de reprodução da velha política na Bahia”.

“Não é possível que uma situação dessa, de fato, venha virar realidade, a sucessão do TCM baseado num jogo de pressões de interesses familiares. Não tem como deixar de dizer aqui nesta tribuna. Os critérios para compor o TCM tem um nível de objetividade que não nos permite tergiversar em relação a quem deve ter esse perfil para ocupar a vaga”, pontua.

“Infelizmente o que nós estamos percebendo é uma pressão do ex-governador, o atual ministro Rui Costa, que está pessoalmente imbuído da tarefa de impor que um familiar direto seu seja empossado como conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios. Para nós, a Bahia não pode ser considerada um protetorado do senhor Rui Costa. Nós apoiamos a candidatura de Jerônimo, mas apoiamos a partir da ideia de que o conjunto de traços da política da Bahia precisam ser superados, e não retrocedermos à época de ACM o avô, que fazia isso em larga escala”, acrescenta.

Hilton disse ainda que “isso é um acinte para a política da Bahia e especialmente em relação a essa Casa. Essa Casa não pode se dobrar. Essa vaga é fundamentalmente definida a partir das referências dos deputados e das deputadas que estão ocupando esses cargos aqui na Assembleia Legislativa. Como é que se pode baixar a cabeça dessa forma? […] para nós isso é uma vergonha, uma vergonha para a Bahia, para a institucionalidade e não pode se consolidar”.

“O nosso candidato era o deputado Fabrício Falcão, que infelizmente não chegou a escrever a sua candidatura, mas o nosso posicionamento é que essa vontade pessoal do ex-governador não pode prevalecer”, finaliza Hilton Coelho.

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