Recebeu alta, nesta sexta-feira (2/12), uma das vítimas do ataque a dois colégios de Aracruz, no Espírito Santo. A professora de história, Sandra Guimarães, foi alvo de sete disparos realizados por um rapaz de 16 anos de idade, na escola estadual Primo Bitti, onde duas outras professoras vieram a falecer. Uma terceira docente foi atingida, socorrida e internada, mas não resistiu aos ferimentos. Durante o segundo ataque, no Centro Educacional Praia de Coqueiro, o adolescente vitimou uma estudante de 12 anos, que também morreu.
Em vídeo, Sandra agradeceu à equipe de saúde do Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, onde esteve internada, definindo a data em que ocorreu o crime como “dia do terror”. Se recuperando dos disparos, após passar por duas cirurgias, a docente dará prosseguimento ao seu tratamento em casa.
Mais quatro vítimas do ataque seguem internadas: uma mulher de 51 anos e um garoto de 11 com o quadro estável; outra mulher, de 31 anos, entubada e em estado grave; e uma menina de 14 anos que permanece na UTI, mas sem intubação.
De acordo com a Secretaria de Educação do Espírito Santo, a escola estadual Primo Bitti encerrará o ano letivo de forma remota, em respeito aos estudantes que ainda não desejam retornar ao colégio.
Na última sexta-feira (25/11), um rapaz de 16 anos invadiu a escola Primo Bitti, efetuando disparos dentro da sala de professores do colégio, com uma pistola automática e um revólver calibre 38, pertencentes ao seu pai, tenente da Polícia Militar. O adolescente entrou no local após utilizar um alicate especial, usado pela polícia, para abrir o cadeado. Ele havia abandonado os estudos, na instituição, antes de concluir o ensino médio, em junho.
Trajando uma roupa camuflada e uma braçadeira com uma suástica nazista, o assassino seguiu até o Centro Educacional Praia de Coqueiro, atirando contra três estudantes.
Segundo a família, o menino passava por tratamento psicológico. Na sua casa foi encontrado um exemplar da autobiografia de Adolf Hitler, líder do partido nazista. Em depoimento, o rapaz alegou ter se preparado para o ataque assistindo a vídeos na internet, e também disse que seu pai não permitia que ele manuseasse as suas armas. Ainda assim, o tenente foi afastado de suas atividades e será investigado sobre a possibilidade de ter ensinado o filho a atirar.
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