A jornalista Flávia Oliveira, a socióloga Cristina Roldão, a cantora Sued Nunes e o pesquisador Kabengele Munanga, são os primeiros convidados confirmados para a 16ª edição do Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo, o Fórum 2022. O evento celebra a importância histórica, política e pedagógica do Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e ocorre de forma híbrida (atividades presenciais e virtuais) entre os dias 8 e 11 de novembro, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Com o tema “Juventude Negra e Democracia: Viver, Esperançar e Transformar”, o Fórum 2022 celebrará o protagonismo da juventude negra no processo de reconstrução do país por meio de apresentações artísticas, sessões temáticas, oficinas, minicursos e lançamento de livros.
Durante o evento ocorrerá a sessão solene do Conselho Universitário (CONSUNI) para a entrega do título de Doutor Honoris Causa ao educador, ativista da luta antirracista, intelectual e pesquisador negro, Kabengele Munanga. A cerimônia será realizada no primeiro dia do Fórum 2022, 8 de novembro, às 14h, no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira.
Flávia Oliveira
Flávia Oliveira é jornalista carioca, formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), começou como repórter no Jornal do Comercio, em 1992, e trabalha no Globo desde 1994. Foi interina da coluna Panorama Econômico, de Míriam Leitão, de 2001 a 2005; e titular da coluna Negócios & Cia, de 2006 a 2014. Hoje, assina artigos às quartas e aos domingos na editoria Sociedade. É comentarista de economia do Estúdio i (GloboNews). Ganhou o Prêmio Jornalismo para Tolerância 2003, da Federação Internacional de Jornalistas, pela coedição do suplemento A Cor do Brasil; e o Prêmio Elizabeth Neuffer da Associação dos Correspondentes da ONU por reportagens sobre desenvolvimento humano.
Cristina Roldão
Cristina Roldão é socióloga, professora convidada da ESE-IPS e investigadora no CIES-IUL. As desigualdades sociais perante a escola são o seu principal domínio de pesquisa, com particular enfoque nos processos de exclusão e racismo institucional que tocam os afrodescendentes na sociedade portuguesa, sendo essas as questões abordadas na sua tese de doutoramento e em pesquisas recentes de que fez parte, como “Caminhos escolares de jovens africanos (PALOP) que acedem ao ensino superior” (2015). Foi membro da coordenação da secção temática Classes, Desigualdades e Políticas Públicas da APS. Para além do espaço académico em stricto sensu, tem participado na avaliação externa de programas como o Programa Escolhas (2006/07) e os Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (2010/11); em estudos prospetivos como o projeto “Impactos da Redução do Número de Alunos/Turma” (2017); foi membro da equipa de missão do Observatório de Trajetos dos Estudantes do Ensino Secundário (2006/09); e tem participado no debate público alargado sobre o racismo e desigualdades étnico-raciais na sociedade portuguesa.
Sued Nunes
Sued Nunes é um grande fenômeno e revelação da música baiana. Filha do Recôncavo baiano, natural da cidade de Sapeaçu, a jovem compositora e cantora de 22 anos, começou sua carreira cantando na igreja, depois passou a cantar em bares. Em 2018, ingressou na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no curso de Serviço Social e, posteriormente, migrou para a licenciatura em História. Mesmo sendo estudante, a música sempre foi seu foco e maior sonho. O trabalho da cantora traz referências de suas experiências e trajetória enquanto mulher, negra, baiana e de candomblé. Suas músicas falam sobre ancestralidade, representatividade e pertencimento.
Kabengele Munanga
Educador, brasileiro-congolês, pesquisador de estudos negros e afro-brasileiros, nas áreas de antropologia, direito, artes, sociologia, filosofia e das relações étnico-raciais no Brasil, Kabengele foi um dos protagonistas intelectuais no debate nacional em defesa das cotas e tem contribuição direta na consolidação das políticas públicas de promoção da equidade racial para o povo negro brasileiro, tendo atuação direta nos movimentos que desembocaram na conquista coletiva da aprovação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura Afro-Brasileira na educação básica, ressaltando a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. O professor é reconhecido pelo trabalho desempenhado em inúmeras instituições, desenvolvido ao longo de seis décadas de labor, dedicação e docência, somando mais de 150 publicações de livros, capítulos e artigos científicos, que se tornaram referência em todo o mundo, como exemplo a obra “Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra”.
Inscrições
As inscrições para o Fórum 2022 estão abertas até o dia 08 de novembro e podem ser realizadas no Sistema Integrado de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Confira o tutorial em vídeo da inscrição em eventos no SIGAA.
Mais informações sobre o Fórum 2022 no site ufrb.edu.br/forum.
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