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Frango caipira, frango da granja e galo: quais as diferenças?

Na hora de preparar um frango, pensamos nas diversas possibilidades, combinações, temperos e partes da ave que vamos usar para determinado prato. Contudo, pouco pensamos sobre os processos da produção do frango antes de chegar em nossas mãos.

A carne de frango é um alimento bem popular na mesa dos brasileiros, em especial para quem evita a carne vermelha. Porém, para o consumidor comum, nem sempre é muito simples identificar a procedência da ave que é levada à mesa. Para pôr fim a algumas dúvidas, veja a seguir as diferenças entre esses animais.

O frango caipira, é um frango criado “solto”, sem muito controle no seu desenvolvimento. Geralmente, possuem uma alimentação variada, incluindo insetos e minhocas. O frango caipira é abatido entre 80 e 90 dias de vida. Apesar da ave caipira ser menor e com menos carne, por outro lado, tem um sabor diferenciado.

Isso porque a alimentação dessas aves tem o papel de suprir as necessidades nutricionais em todo o seu período de desenvolvimento e de produção, o que influencia diretamente na qualidade da sua carne.

Já o frango da granja é criado com mais controle e supervisão, em um ambiente com temperatura, umidade e espaço favoráveis para seu desenvolvimento. A dieta desse tipo de frango é 100% vegetal, baseada em milho e soja, e enriquecida com algumas vitaminas e minerais. Como é uma ave para produção em escala, costuma ser abatida, em média, entre 25 a 40 dias de vida.

A ave de granja é maior e tem a carne mais macia, sendo mais fácil no preparo também. Alguns frangos abatidos ainda pequenos são vendidos como “galetos”, que normalmente são feitos na brasa.

É importante atentar que frango de granja não significa frango criado a base de hormônios. Por lei, no Brasil, essa prática não é permitida. Mas, ainda assim é importante ficar atento aos rótulos das embalagens de frango e garantir se o que você está levando para casa é um frango de boa procedência, que possua certificações emitidas por órgãos no Brasil e Exterior sobre qualidade e bem-estar animal.

No Brasil o galo, por ter carne mais dura, não costuma ser muito utilizado na culinária. Mas em países europeus, como é o casa da França, a carne do galo vai para a panela, onde é amaciada com vinho e vira o coq au vin.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) registrou um recorde na produção de frango nacional em 2021. Foram 14,3 milhões de toneladas produzidas, o que significa 3,5% a mais em relação às 13,845 milhões de toneladas produzidas em 2020. O mercado do frango brasileiro é bilionário. A ABPA estima que o setor movimentou US$ 7,66 bilhões em 2021, apresentando um aumento de 25,7% de faturamento em relação aos US$ 6,09 bilhões em 2020.

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