Parte da capital alagoana passa por um lento processo de afundamento do solo. A tragédia urbana em curso transforma áreas inteiras em bairros fantasmas, pois foram abertas rachaduras em ruas, prédios e casas, obrigando cerca de 55 mil pessoas a abandonarem suas residências e seus negócios.
Os moradores cobram do governo uma solução para os problemas causados no solo pela extração de sal-gema, realizada durante décadas pela Braskem.
Mais de 14 mil imóveis já foram condenados em cinco bairros de Maceió: Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. E o problema que está longe do fim, pois o solo continua afundando lentamente. Pesquisadores e geólogos prevém que o tempo médio para estabilização poderá ser de cerca de 10 anos.
O Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que apoia as famílias, já apresentou mais de 5.500 propostas, e a Braskem pagou cerca de R$ 713 milhões em indenizações, auxílios-financeiros e honorários de advogados.
Ainda segundo a empresa, as famílias atendidas no Programa de Compensação contam com orientação de técnicos sociais e têm apoio para a sua mudança, incluindo pagamento de auxílios-financeiros e de aluguel, ajuda na busca por um imóvel provisório por meio de parcerias com imobiliárias, guarda-móveis e acolhimento de animais de estimação, entre outros.
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