Onda de paredões marca São João de Cruz das Almas

Relatos da reportagem apontam grande presença de veículos com som automotivo, os “paredões”, circulando pelas ruas de Cruz das Almas durante os festejos juninos de 2025. Moradores nas redes sociais reclamaram do volume, considerado excessivo em diversos bairros.
Socialmente, os paredões representam uma forma de expressão cultural urbana e identidade jovem, mas entram em conflito com normas de poluição sonora. A Lei do Silêncio do município proíbe ruídos elevados após determinado horário, com limites de até 55 dB entre 7h e 18h e restrições mais rígidas à noite .
A Polícia Militar intensificou a fiscalização por meio da Operação Silêncio e Paz, encerrando festas ilegais e aplicando multas e aprendendo aparelhos sonoros para conter a perturbação . Apesar do esforço visível, o volume de carros envolvidos torna humanamente impossível eliminar a prática por completo.
Os moradores têm direito ao descanso e à tranquilidade garantidos pela Lei do Silêncio, que protege quem precisa dormir cedo, trabalhar ou simplesmente curtir o lar com sossego. Quando os paredões invadem as ruas, esse direito é prejudicado e a insatisfação da comunidade é compreensível. O desafio está em equilibrar a liberdade cultural com a proteção dos direitos individuais, para garantir respeito entre foliões e moradores, sem prejudicar ninguém.

André Eloy é político, apaixonado por comunicação, idealizador e fundador do JornalZero75. Escreve e compartilha opiniões no site, com olhar crítico, linguagem direta e compromisso com a informação de qualidade.