Mulher provoca morte de mãe e filha com fumaça de churrasqueira
A mãe, a avó e a filha foram encontradas mortas no dia 9 de maio em um apartamento com janelas fechadas e a churrasqueira ligada

A fumaça da churrasqueira foi a causa da morte de três mulheres da mesma família em um apartamento de Belo Horizonte. A avó, de 68 anos, a mãe, de 42 anos e a filha, de apenas 1 ano e 11 meses, foram encontradas mortas em avançado estado de decomposição, no dia 9 de maio.
A Polícia Civil de Minas Gerais apontou que Daniela Teixeira Antonini foi a responsável pela tragédia que matou a própria filha Giovanna Antonini Vasconcelos e a mãe Cristina Lúcia Bastos Teixeira. Segundo a delegada Iara França Camargos, que conduziu o caso, Daniela premeditou as mortes.
De acordo com a polícia, Daniela enfrentava um quadro grave de depressão, agravado pelas dificuldades financeiras e pelo estado de saúde da filha, que nasceu com uma má formação no sistema digestivo e precisava de cuidados constantes. A mulher estava sem emprego e fazia tratamento psiquiátrico.
Caso
As três vítimas encontradas mortas em avançado estado de decomposição no dia 9 de maio. Elas morreram asfixiadas por monóxido de carbono liberado pela queima de carvão em um quarto do apartamento, que teve as janelas vedadas. Quatro cachorros da família também foram encontrados mortos no local.
A investigação indicou que Daniela esperou a mãe e a filha dormirem antes de selar o ambiente, acender a churrasqueira e deitar-se ao lado delas. A suspeita é de que ela agiu para impedir qualquer chance de sobrevivência.
Apesar de os corpos terem sido descobertos no dia 9 de maio, em estado avançado de decomposição, a morte teria ocorrido por volta do dia 6, o que explicaria o forte odor relatado por vizinhos.
A polícia classificou o caso como homicídio qualificado seguido de suicídio. O inquérito foi encaminhado à Justiça com pedido de arquivamento.
Fonte: A Tarde

Tâmile Conceição, é quilombola e jornalista em formação pela UFRB, apaixonada por contar histórias e mergulhar na rica cultura do Recôncavo. Compreendendo a importância do jornalismo para sua comunidade, prioriza a apuração em seu trabalho. Atualmente, produz conteúdo para site, Instagram e rádio, compartilhando a diversidade e a riqueza cultural da sua região. Vencedora do Prêmio Motezuma em Telejornalismo com a reportagem sobre o Coletivo das Artes da cidade de São Félix, é também criadora do radiodocumentário Santa Bárbara como Símbolo Cultural e Religioso em São Félix, que reflete sua dedicação à preservação da cultura, da história e das tradições do seu povo.