Cruz das Almas

José Fernandes emocionou como orador oficial na sessão dos 128 anos de Cruz das Almas

A manhã do último 29 de julho, data magna do aniversário de Cruz das Almas, foi marcada por emoção, memória e reconhecimento no plenário da Câmara Municipal. A sessão solene de entrega da Medalha 29 de Julho, a mais alta honraria concedida pelo Legislativo cruzalmense, tornou-se novamente um momento de celebração da identidade e da história local, especialmente durante a fala do professor, José Fernandes, que ocupou com maestria o posto de orador oficial do ato.

Com voz segura, mas carregada de sentimento e emoção, José Fernandes iniciou seu pronunciamento exaltando a relevância histórica da cidade e o valor das tradições que moldam sua gente. “Esta cidade, tão rica em sua essência, é como um livro aberto, cujas páginas guardam memórias e afetos que nos moldam”, afirmou. Em seguida, refletiu sobre como as datas comemorativas vão além do calendário: “Não celebramos apenas um número. Celebramos o que fomos, o que somos e o que desejamos ser enquanto comunidade.”

O orador também destacou a importância de preservar e transmitir a memória coletiva, citando exemplos de homens e mulheres que, ao longo de décadas, construíram o patrimônio material e imaterial de Cruz das Almas. Mencionou professores, líderes comunitários, servidores públicos e figuras anônimas que, segundo ele, “teceram silenciosamente o tecido da cidadania, fio por fio, com trabalho e amor pela terra.”

Um dos momentos marcantes foi quando José Fernandes mergulhou nas lembranças de sua infância e juventude, trazendo à tona um episódio determinante para sua trajetória: a marcante influência da professora Therezinha Eloy. Ele recordou o início de sua vida escolar, passando por uma pequena escola isolada e, depois, pelos grupos escolares da cidade, até chegar ao histórico Grupo Escolar Comendador Temístocles, inaugurado em 1937 — primeira unidade de formação primária de Cruz das Almas.

Foi nesse cenário que aconteceu, segundo suas palavras, “um gesto que mudou a minha vida”:

“Sendo aluno da professora Teresinha Eloy, participei de uma preparação especial que ela mesma escolheu e organizou, reunindo um grupo de alunos para fazer o exame de admissão ao ginásio ainda no quarto ano. Essa oportunidade nos adiantou na escolaridade, foi fundamental para minha trajetória e me tornou precoce em formação educacional. Um exemplo de reconhecimento e ajuda para a abertura de caminhos de jovens em busca do sucesso.”

O relato tocou não apenas os presentes, mas também a própria homenageada indireta, que acompanhava a sessão ao vivo pelo YouTube na sala de sua casa. A cena arrancou aplausos demorados e sorrisos de orgulho, revelando o profundo respeito e gratidão do orador por quem abriu portas para sua vida acadêmica e profissional.

Zé Fernandes não se limitou às memórias pessoais. Ele pontuou que homenagens como as concedidas naquela manhã têm papel social essencial: “Não são meros protocolos ou formalidades. São gestos concretos que reafirmam valores, reconhecem esforços e inspiram novas gerações.” Para ele, a Medalha 29 de Julho carrega simbolismo, pois celebra não apenas indivíduos, mas também o ideal de uma cidade que valoriza sua própria história.

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