Neste domingo (06/10) se encerrou a 10ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). O evento literário em Cachoeira contou com uma série de espaços e atividades para várias faixas etárias, toda a programação foi gratuita.
No sábado (05/10), foi dia de escutar a sabedoria e voz da cantora e compositora Margareth Menezes, que falou no palco da Tenda Paraguaçu sobre a relação das palavras e da música e cantou sucessos da sua carreira. A artista foi homenageada no projeto O Violão e a Palavra, da Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secult, em comemoração aos seus 60 anos no próximo dia 13 de novembro.
“É um prazer enorme esta homenagem, dentro de um tema maravilhoso que é essa amplitude da cultura do nosso Brasil, dessas representatividades que existem. O Brasil é um país diferenciado justamente por causa dessa diversidade de representações culturais e estéticas”, comentou Margareth Menezes.
No sábado também teve batalha de slam na Casa Insubmissa, no centro da cidade, com 12 artistas participantes que disputaram prêmios de R$ 1 mil (primeiro lugar), R$ 800 e R$ 500 respectivamente. No júri estavam Ligia Benigno (Produtora Cultural), Mônica Santana (Atriz, dramaturga e escritora), Ayala Tude (Tradutora e Pesquisadora), Amanda Julieta (Escritora e Pesquisadora) e Samira Soares (Pesquisadora em Literatura).
No espaço, o encerramento foi do Baile Insubmisso com shows de Sued Nunes e DJ Nai Kiese, com as apresentações “Travessia Intimista” e “Eu não Ando Só”.
Na casa que abriga o Educar para Transformar teve apresentação de um robozão que dança pagode e hits do momento, arrastando multidões na Festa Literária. A atividade, segundo a diretora de Políticas e Programas da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sahada Luedy, é parte do projeto da popularização da ciência.
“Você só começa a sensibilizar desde a infância, tanto para a ciência, quanto para a tecnologia e para a inovação. Então a ideia de trazer o robozão era para ter esse momento lúdico e naturalizar a presença da tecnologia, entreter, porque isso marca a memória”, completou.
O encerramento do evento contou com a apresentação do bloco Ilê Aiyê, na Tenda Paraguaçu, junto com o Sarau dos Poetas. Segundo o coordenador geral da Flica, Jomar Lima, a festa literária recebeu esse ano entre 60 e 80 mil pessoas de todas as partes do Brasil, que movimentaram a Tenda Paraguaçu, o Palco Ritmos, Reconversas, Território Flica, Casa do Autor Baiano, os espaços Educar para Transformar e Geração Flica.
“Nós trouxemos nomes de peso, como MV Bill, Auritha Tabajara e Cidinha da Silva. E foi uma mesa fantástica, linda! Tivemos alguns autores internacionais, dois moçambicanos e um poeta cubano, e diversos outros autores e autoras também a nível nacional e regional. Nossa expectativa foi superada em relação ao número de pessoas que transitaram nas cidades de Cachoeira e São Félix, que também sentiu esse impacto durante esses quatro dias de atividades”, apontou o coordenador.
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